Crianças, impossível não amar!

Não é de hoje que declaro o meu Amor pelas Crianças, cujo vem aumentando desde 07/08/2011, quando comecei a trabalhar efetivamente com crianças no Departamento Infantil da Igreja, cuja minha turma a princípio era mista (meninos e meninas), porém em 04/01/2015 a minha turma ficou apenas com os meninos; ao todo passei 4 anos, 9 meses e 15 dias na turma dos Primários (7 e 8 anos); e desde 22/05/2016 estou na turma do Maternal (2-4 anos). Pra mim é uma alegria imensa passar as manhãs de domingo com elas, não tenho predileção por faixa etária e muito menos faço acepção entre meninas e meninos, amo todos e fico feliz quando vejo que sou correspondida, pois crianças são sinceras, se dizem e demonstram que amam, é verdadeiro; por isso muito me alegro quando eles correm para me dar um abraço, sejam alunos atuais ou antigos.

Jó 32; 21: Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras lisonjeiras com o homem! 

Tiago 2; 9: Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores. 

Um fato muito lindo que gostaria de compartilhar com vocês é o dia da minha transferência da turma do Primário para o Maternal: Como meus antigos alunos só ficaram sabendo no ato, a demonstração e retribuição de amor e carinho que recebi deles foi emocionante, pois todos me abraçaram e não queriam me deixar ir, dizendo: Tia Erica, eu não quero que a senhora saia da nossa sala! Eu quero ir com a senhora para sua nova turma! Porém eu não poderia desestabilizá-los emocionalmente, por mais que pra mim também não fosse fácil, eu sou a adulta e a minha responsabilidade na formação espiritual deles não acaba quando eles mudam de turma ou eu, já que os adoto em oração e procuro acompanhar o seu desenvolvimento na Obra do Senhor, mesmo que não tão de perto; por isso procurei acalmá-los dizendo que sempre que sentirem saudades de mim, podem me procurar que os abraçarei com carinho e alegria, e podem conversar comigo a qualquer momento, pra tirar dúvidas, pra pedir oração... (todo domingo tem algum ex-aluno (a) que me procura pra dizer que sente saudade, que queria ficar comigo na minha nova turma,...); No entanto, eles precisam continuar crescendo e ir comigo não é possível, pois a turma é de crianças menores e eu quero vê-los crescendo em estatura, em conhecimento/sabedoria e graça, seguindo o exemplo de Jesus Cristo.

Lucas 2; 52: E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.

Efésios 4; 13: Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.

Só este relato já é algo muito lindo e gratificante; porém quem me conhece, sabe que sou uma manteiga derretida e que se não fosse por um presente que Deus me deu e que estava ao meu lado neste dia, eu com certeza “desabaria” e não conseguiria ficar emocionalmente estável para consegui me ‘despedir’ direito deles. Este presente é o meu sobrinho lindo, Nathan, que de forma linda esteve comigo neste momento. Ele é um menino muito amoroso, carinhoso e ciumento (até do meu pai ele tem ciúme quando o mesmo faz carinho em mim). Porém ele sempre consegue me surpreender, pois mostrou que além de todos os seus atributos, ele é muito sensível. Desde que chegamos à igreja, ele se comportou como se tivesse mais idade do que tem (neste dia ele estava com 2 anos, 5 meses e 17 dias), quando meus antigos alunos chegavam e vinham me abraçar, ele não esboçava ciúmes, ele ficava admirando o carinho que eu recebia de cada um. No momento do Louvor, eu estava com ele no braço e do nada ele me abraça e me dá um beijo, todos os meus antigos alunos ficaram admirados com este gesto de Nathan.  Quando o Pastor chegou à minha antiga turma para anunciar a minha transferência, como nenhum aluno sabia, todos ficaram perplexos e tristes. Porém o ponto alto foi quando Nathan, que eu havia deixado sentadinho e desenhando, eu puder perceber que ele parou de desenhar e ficou admirando quando todos meus alunos me abraçaram dizendo o que relatei acima. Eu não sabia como iria conciliar toda esta transição com a presença de Nathan, pois estava preocupada para não deixar de dar atenção a ele e aos alunos, porém Deus me mandou este presente justamente para me ajudar, pois ele se comportou como um pequeno gentleman, compreendendo tudo, respeitando o momento e admirando o carinho que recebi dos meus alunos; Ele foi a cereja do bolo.

Nathan, Tia Erica te Ama muito, e espero que esta tenha sido a primeira vez de muitas que você estava comigo na EBD e em momentos importantes da minha vida!

Observação: Ele diz pro pai (meu irmão Eric): Papai, Eu quero falar com Titia Erica e me liga, se alguém atende o meu celular, ele diz que só quer falar com tia Erica! Meu lindo, o meu dia fica mais feliz quando você me liga e diz: Titia Erica, Te Amo! Tô com Saudade! E eu pergunto, quem é o Amor de Nathan e ele responde: É você, tia Erica!

Mateus 21; 16: E disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor? 

Antes de trabalhar com crianças, já havia sido maestrina de uma Comissão de Circulo de Oração próxima à minha antiga residência, e quando precisei me ausentar desta atividade por motivo de trabalho secular, as irmãzinhas tiveram esta mesma atitude que as crianças tiveram, não queriam que eu saísse, sentiram saudades de mim, da minha postura, mesmo eu sendo muito mais nova que as demais componentes (eu mal tinha saído da adolescência), conquistei o carinho e respeito das irmãs (na grande maioria das vezes, as componentes são irmãs mais maduras e idosas), pois quando se trabalha com amor, você recebe amor de volta. E principalmente na Obra do Senhor, precisamos fazê-la com amor, senão o dono da Obra (Deus) não receberá o trabalho de nossa alma e não ficará satisfeito (o versículo em Isaías se refere ao sofrimento do Messias. Como sempre, Jesus é o exemplo que devemos seguir para agradar a Deus!). Eu sempre procurei dar o melhor de mim para a Obra que fosse chamada a desempenhar, desde criança sempre tive esta mentalidade, sempre fui muito responsável e madura para a fase que estivesse vivendo, sempre me cobrei para fazer o meu melhor, seja em qualquer área, exemplos disto já dei aqui por várias vezes, quem acompanha este Blog já teve a oportunidade de conhecer um pouco mais do meu testemunho. 

Isaías 53; 11 a: Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito.

Após o meu ingresso na turma do maternal, fiquei um tempo criando vínculo com as crianças (eu procuro me posicionar como mãe, mesmo sem ter filhos por ser solteira, porém como já sou tia e sempre tive primos pequenos; sei dar carinho, brincar e ao mesmo tempo ter o respeito de todos (Obs.: no final do ano passado, uma avó de aluno disse pra mim e pra minha antiga colega que nós substituímos a figura da mãe dele, pois a mesma havia abandonado ele e o irmão, e pra eles o ano estava sendo difícil, porém a nossa postura e carinho o aconchegava.). Desde a minha antiga turma percebi que só com o meu olhar eles já obedeciam e com os pequenos não é diferente, quando falo com eles, eles entendem que é a hora de prestar atenção.), e observando a dinâmica da turma até que chegou o dia da minha primeira aula, fiquei apreensiva pela nova didática, nova linguagem que é totalmente diferente da minha antiga turma, porém, para Honra e Glória do Nome do Senhor, tudo ocorreu bem, consegui deter a atenção deles (quem tem criança pequena e/ou trabalha com elas sabe que é bem difícil com uma, imagina com mais de 20 crianças?!), fazê-los interagir e compreender o que estava proposto na lição. Isto também foi um feedback que recebi de uma das minhas colegas, a mais antiga/experiente nesta turma, tia Márcia (vocês lembram que mencionei ter me espelhado em um professor que tive quando pequena na Igreja, tio Pedro, ele é o esposo dela.); nesta turma somos em 6 professoras e a cada domingo aprendo muito com as minhas colegas, pois como novata que sou, elas tem me ajudado nesta nova fase.

Já no meio deste ano, participei da EBF na turma do Maternal, cuja turma teve cerca de 50 crianças matriculadas e foi benção do céu, pois na abertura 2 meninas me pediram para aceitar a Jesus. Este é o nosso objetivo, levar Jesus a todos e quando acontece a conversão de crianças, é a prova de que Jesus é de fácil acesso, todos podem encontrá-lo!

Provérbios 22; 6: Ensina a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.

Marcos 10; 13-16: E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele. E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou.

Desejo a todas as crianças, especialmente ao meu sobrinho, meus priminhos, meus alunos e ex-alunos, que Deus vos abençoe e que nunca se desviem dos caminhos do Senhor! Tia Erica vos Ama e Jesus mais ainda!

Que Deus em Cristo vos Abençoe!

Fraternalmente,

Erica Carla